TJ nega soltar advogado que seria “braço jurídico” de facção

Tallis de Lara Evangelista foi preso pela Polícia Civil na última terça-feira (12), em Sinop

O desembargador Hélio Nishiyama, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negou habeas e manteve a prisão do advogado Tallis de Lara Evangelista, alvo da Operação Gravatas, deflagrada pela Polícia Civil na terça-feira (12).

“O paciente [Tallis de Lara], na condição de advogado, atuaria no braço jurídico da facção criminosa investigada”

A operação prendeu um grupo de advogados e um policial militar acusados de atuarem a favor de uma facção criminosa em Mato Grosso.

No habeas corpus, a defesa de Tallis alegou ausência de “fundamentação idônea” no mandato de prisão, sustentando que a decisão não revelou nenhum elemento concreto de que rompeu com a normalidade do exercício profissional ao atuar na defesa de membros da organização criminosa.

Na decisão, Nishiyama disse que a função de um advogado criminalista é indispensável à administração da Justiça, pois nesta função, assim como Ministério Público e Poder Judiciário, promove a Justiça penal.