STJ nega recurso e confirma júri de filho de ex-governador por duas mortes

Defesa de Carlinhos Bezerra tenta postergar o julgamento

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A ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou o recurso da defesa de Carlos Alberto Gomes Bezerra, de 58 anos, que tentava postergar seu julgamento no Tribunal do Júri por matar a tiros a ex-namorada Thays Machado, de 44 anos e o então companheiro dela, Willian César Moreno, de 30 anos, em janeiro de 2023, em Cuiabá. Carlinhos, como é conhecido, é filho do ex-governador e ex-deptuado federal, Carlos Bezerra (MDB). 

Réu por feminicídio e homicídio qualificado, Carlinhos Bezerra, por meio de sua defesa, tentava afastar as qualificadoras de motivo torpe, utilização de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e perigo comum apontadas pelo Ministério Público (MP-MT) e acatadas pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT). 

A presidente do STJ, no entanto, apontou irregularidade no recurso considerando a falta de procuração de um dos advogados no processo e por isso despachou sem nem examiná-lo. Diante disso, o processo aguarda designação do júri popular para que Carlinhos possa ser julgado. Ainda não há data definida. 

O CRIME – Carlos Alberto é réu em ação criminal que tramita na 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá pela execução do casal Thays Machado, de 44 anos, sua ex-namorada e Willian Cesar Moreno, de 30 anos, que era o atual namorado de Thays, ocorrida no dia 18 de janeiro de 2023, na Capital.

Na última sexta-feira (21), a juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá, autorizou transferir o réu da Penitenciária Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, para a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.

A alegação é de que a unidade prisional onde ele está detido não possui equipe médica para promover a assistência que o preso requer.  A magistrada acolheu o argumento e levou em consideração que o crime cometido pelo filho do ex-governador Carlos Bezerra foi cometido em Cuiabá. Agora, ele aguardará o julgamento na PCE.

(Via: Folhamax)