Senador atribui má gestão para “crise da água” em VG

Jayme lembra que prefeita exonerou servidores com 20 anos de DAE

(Via: Folhamax)

JAYME CAMPOS E FLAVIA MORETTI.jpg
Foto: Reprodução

A crise hídrica em Várzea Grande, que tem causado transtornos à população neste início de mandato da prefeita Flávia Mortetti (PL), segue sendo alvo de debates por políticos de Mato Grosso. Desta vez, foi o senador Jayme Campos (UB) que, durante entrevista nesta terça-feira (18), sugeriu que a gestora acione a Polícia Federal para investigar uma possível sabotagem no sistema de abastecimento de água do município.

“Se tem sabotagem, é natural que compete aos órgãos de Segurança investigar. Eu não posso afirmar que há sabotagem, mas, se talvez houver, compete às polícias Civil, Militar e até Federal [investigar]. Questão de energia é coisa nacional e até na Constituição está escrito isso. Nada impede”, declarou o senador.

Apesar de levantar a possibilidade de sabotagem, Jayme Campos também apontou que o problema pode estar relacionado a falhas na gestão do Departamento de Água e Esgoto (DAE) do município. Segundo ele, mudanças na equipe técnica do órgão podem ter contribuído para a crise.

“Eu acho que, na minha visão, não tem sabotagem. Talvez seja uma má gestão da água em VG porque me parece, não estou aprofundado no assunto, que houve demissões de pessoas que estavam trabalhando há 15, 20 anos no DAE. Aí você põe uma pessoa inexperiente que não sabe o pulo do gato e deu no que deu aí”, criticou.

Desde o início do mandato de Flávia Mortetti, a cidade tem enfrentado dificuldades no abastecimento de água, com reclamações constantes de moradores sobre torneiras secas e problemas na distribuição. Um decreto de calamidade pública foi assinado por Moretti na última semana. 

Enquanto isso, moradores de vários bairros têm realizado protestos e manifestações contra a atual administração, fechando ruas, ateando fogo em pneus e galhos, realizando mobilizações em eventos da atual gestão e cobrando os vereadores. Além disso, na segunda-feira (17), faixas pedindo o retorno do ex-prefeito Kalil Baracat (MDB) foram espalhadas em pontos estratégicos da cidade.