“Nós não precisamos deles”, diz Trump sobre Brasil e América Latina

Questionado sobre proposta brasileira de paz sobre Guerra da Ucrânia, presidente afirma desconhecer

DA FOLHAPRESS

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (20) que seu país “não precisa” do Brasil e da América Latina.

“Eles precisam muito mais de nós do que nós precisamos deles. Na verdade, não precisamos deles, e o mundo todo precisa de nós”

“Eles precisam muito mais de nós do que nós precisamos deles. Na verdade, não precisamos deles, e o mundo todo precisa de nós”, disse Trump durante cerimônia assinando decretos em seu primeiro dia do novo mandato.

O republicano disse a frase ao responder pergunta da jornalista da Globonews Raquel Krähenbühl, que acompanhava a cerimônia de dentro do Salão Oval da Casa Branca.

A jornalista perguntou se Trump pretendia responder à proposta de paz para a Guerra da Ucrânia elaborada pela China e pelo Brasil, ao que Trump afirmou desconhecer a iniciativa.

“Acho ótimo, estou pronto para discutir [propostas de paz]. O Brasil está envolvido nisso? Não sabia. Você é brasileira?”, perguntou Trump à repórter.

Em seguida, a jornalista questiona o presidente sobre a relação com o Brasil e a América Latina. “É ótima. Eles precisam muito mais de nós do que nós precisamos deles.”

Trump prometeu erguer barreiras tarifárias contra uma série de países ao redor do mundo, incluindo o Brasil.

Nesta segunda, o novo presidente americano assinou uma série de decretos controversos que endurecem a fiscalização de migrantes, estimulam a exploração de combustíveis fósseis e determinam o fim de ações relacionadas à diversidade. Muitos deles revertem medidas implementadas pelo antecessor, Joe Biden.

As primeiras ordens foram assinadas diante de milhares de apoiadores no ginásio Capital One Arena, em Washington.

No local, o presidente determinou a retirada da nação do Acordo de Paris e a revogação de 78 ações executivas implementadas por Biden. Depois, o republicano partiu para a Casa Branca, onde assinou a maior parte dos documentos.