Crime chocou a sociedade de MT
Ao comentar o assassinato da jovem Bruna de Oliveira, 24 anos, que foi morta com uma facada e arrastada por vários metros presa com um cadeado em torno do pescoço, em Sinop (478 km de Cuiabá), o governador Mauro Mendes (UB) voltou a defender que os Estados passem a ter a competência para legislar sobre questões em matéria penal e processual penal que digam respeito à fixação e ao cumprimento da pena. A pauta é defendida no Congresso Nacional pela senadora Margareth Buzetti (PSD).
“Eu tenho defendido que o Congresso Nacional faça uma pura e consistente revisão do Código Penal brasileiro ou que ele transfira, a exemplo que acontece em muitos países do mundo, esta competência para que os estados possam legislar em matéria penal e direito penal. Mas no Congresso Nacional é assim: quando querem, fazem muito rápido, quando não querem, levam décadas”, desabafou Mendes nesta segunda-feira (03).
Conforme informações da Polícia Civil, Segundo Bruna saiu com o suspeito, identificado como Wellington Honorato dos Santos, de 32 anos, no sábado (1°) e não foi mais vista, sendo encontrada morta no domingo (2), jogada numa valeta. Os parentes da vítima foram até a casa do suspeito, porém ele já havia se mudado e do lado de fora de sua quitinete havia sangue pelo chão, embora já tivesse sido limpo.
Suspeitando do que pudesse ter ocorrido, o irmão da vítima passou a procurar por ela nas proximidades, encontrando o corpo jogado dentro de um valetão em uma área de mata fechada, na margem da Rua das Orquídeas. A vítima estava com uma corrente enrolada no pescoço presa com um cadeado e com marcas de degola.
O executor ainda não foi localizado pela Polícia Militar. “Crime como esse é bárbaro, prende um cara desse e vai ser condenado a 15, 20 anos. Depois ele cumpre um terço de pena, um sexto, tem vários fatores que reduzem a pena e em dois, três, quatro, cinco anos o bandido está solto é inadmissível um negócio desse. Até onde nós vamos conviver com esse tipo de situação?”, questionou Mendes.
Para o governador, a mudança é necessária para que a sociedade experimente formas diferentes de legislação e depois de alguns anos os governantes possam comparar estados que aplicaram determinada metodologia com os que mantiverem a atual. “Tem governador e Assembleia Legislativa um pouco mais ousados que vão fazer leis um pouco mais ousadas. Tem alguns que são mais conservadores, então que eles fiquem com o atual modelo e vão ver aonde vai parar a violência no estado deles”, sugeriu o gestor.
(Via: Folhamax)