Edna crê que reverterá cassação no TJ | (Via: Folhamax)
A vereadora cassada Edna Sampaio (PT) declarou que irá disputar sua reeleição à Câmara de Cuiabá sob judice. Ela perdeu o mandato em junho deste ano após ser cassada por 20 votos no parlamento e tenta reverter a decisão no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT).
Em entrevista à Rádio Cultura, nesta sexta-feira (19), ela cobrou celeridade do Poder Judiciário em analisar seu recurso. “O processo da minha candidatura vai acontecer sub judice. O Julier [Sebastião, advogado] está tomando todas as providências junto ao TJ para que essa decisão venha o mais rápido possível. Estamos em construção com nossa pré-candidatura, entramos muito antes desse término da cassação, portanto estamos discutindo a validade desse processo administrativo na Câmara Municipal para poder viabilizar a candidatura”, explicou a ex-vereadora.
A Comissão Processante contra ela foi aberta em março deste ano para investigar uma suposta rachadinha – devolução indevida de salário -, entre a vereadora e sua ex-chefe de gabinete, Laura Natasha Abreu, no ano de 2023. Á época, foram definidos Sargento Vidal (MDB), Eduardo Magalhães (Republicanos) e Cezinha Nascimento (UB) como presidente, relator e membro da investigação, respectivamente, da CP.
Foi a segunda vez que ela perdeu o mandato pelo mesmo motivo. Em outubro de 2023 a petista foi cassada por 20 votos favoráveis e nenhum contra, algo inédito no Legislativo Cuiabano.
Ela conseguiu reverter na Justiça a decisão e agora tenta pela segunda vez por meio de mandados de segurança e apelações. Contudo, teve revés no dia 9 deste mês.
O juiz Flávio Miraglia Fernandes, da Primeira Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, negou um mandado de segurança proposto pela defesa da vereadora que pedia para ser ouvida em uma Comissão Processante que tramitou na Câmara Municipal. Na decisão, o magistrado destacou que o parlamento tentou, por diversas vezes, notificar e intimar a legisladora, o que foi evitado pela petista, em diversas manobras.
Apesar da negativa, a ex-legisladora disse que ainda há uma apelação e outro mandado de segurança. Ela acredita que os magistrados irão revogar sua cassação a tempo da convenção da Federação formada pelo PT, PV e PCdoB, prevista para ocorrer no próximo dia 03 de agosto.
“A convenção é algo da Federação e o meu nome vai estar na convenção. Agora, a decisão judicial junto ao TRE para poder regularizar as candidaturas leva um tempinho. Estou muito confiante de que vamos resolver isso em um tempo curso. Inclusive acho que até a semana que vem deve ter uma decisão”, declarou.
Como foi cassada, a petista deve encontrar dificuldades para conseguir registrar sua candidatura, mas se diz confiante. “Os juízes são pessoas que como nós acompanham a realidade. Eles não estão em um Olimpo completamente alheios ao que está acontecendo. Há uma mulher negra que foi cassada em um processo perseguidor e isso precisa de uma decisão da Justiça. Justiça que tarda não é Justiça. Não creio que eles irão inviabilizar minha candidatura. É necessário que essa decisão venha com urgência”, cobrou a ex-vereadora.