Governador ressaltou a independência da PJC para investigar

O governador Mauro Mendes (UB) negou qualquer vazamento de informações na Operação Office Crime – A Outra Face, deflagrada pela Polícia Civil. Em entrevista nesta sexta-feira (7), ele enfatizou que a investigação foi conduzida de forma independente e que detalhes sobre a participação de cada militar ainda estão sendo apurados.
“Quem falou de vazamento de informação? O que foi exatamente é o seguinte, a Polícia Civil investigou. Cuidado com as informações que são vinculadas, que não retratam a realidade e a verdade. As pessoas trabalham em diversos batalhões, trabalham no governo, trabalham na Casa Militar. Estas movimentações, elas são feitas a critério do nosso Comando Geral e dos batalhões”, declarou o governador.
A ação investiga a morte do advogado Renato Nery e está atualmente em sua terceira fase. A operação cumpriu seis mandados de prisão temporária contra o soldado Wekcerlley Benevides de Oliveira, os segundos sargentos Wanilson Alecsandro Medeiros Ramos e Jorge Rodrigo Martins e os terceiros sargentos Leandro Cardoso e Heron Teixeira Pena Vieira, que ainda está foragido. De acordo com as investigações, ele teria contratado o caseiro Alex Roberto para matar o jurista.
Todos tiveram as prisões convertidas em preventivas no mesmo dia pela Justiça. Para o governador, falta saber qual era a função de cada militar envolvido. “O fato é, a Polícia Civil investigou, descobriu o possível envolvimento de alguns policiais e o nível desse envolvimento ainda precisa ser melhor detalhado. O governo nunca interfere nisso e a Polícia Civil fez a operação e determinou os atos que são de conhecimento público”.
Mendes afirmou que qualquer servidor público envolvido em irregularidades será responsabilizado, independentemente de sua posição e mencionou, sem citar nomes, a exoneração de pessoas que faziam parte do alto escalão do Governo do Estado em outras oportunidades.
“O governo jamais vai proteger qualquer servidor público, seja ele da segurança pública ou de qualquer área, que cometer qualquer tipo de crime. Já demonstramos isso quando fizemos demissões, inclusive, no primeiro escalão do governo. Então, descobriu irregularidade, doa quem doer, vai pagar pelos erros que cometeu”, enfatizou.