Carlinhos Bezerra chegou a ser beneficiado com prisão domiciliar, mas retornou à cadeia depois que descumpriu cautelares
A juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica de Cuiabá, manteve a prisão preventiva do empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra, o ‘Carlinhos Bezerra’, filho do ex-deputado Carlos Bezerra. Ele é réu pelo duplo homicídio da advogada Thays Machado e de William Moreno. Decisão que prorrogou a segregação cautelar é do dia 27 de maio.
Crime aconteceu em janeiro de 2023 e Carlinhos chegou a ficar preso até o fim do ano passado. Contudo, devido a comorbidades de saúde, foi liberado para a prisão domiciliar. No dia 28 de fevereiro deste ano, retornou à cadeia depois de descumprir cautelares.
A magistrada que determinou a preventiva de Carlos Alberto Gomes Bezerra reanalisou a medida de ofício. Isso porque, a legislação prevê que a prisão cautelar seja revista a cada 90 dias. Com isso, para evitar eventuais alegações de nulidade, a juíza analisou a possibilidade de relaxamento da preventiva de Carlinhos.
As conclusões dela, no entanto, foram de que não sobrevieram aos autos alterações fáticas que pudessem justificar eventual revogação da medida.
“Da análise dos autos, entendo ainda ser necessária a manutenção da prisão do acusado, por ainda estarem presentes os pressupostos e requisitos que a ensejaram, uma vez que não houve qualquer alteração fática, desde a prisão do mesmo, a fim de sustentar uma decisão que importe na revogação da segregação cautelar, colocando o mesmo em liberdade e nem o prazo que ele se encontra segregado corresponder a prazo abusivo, principalmente, se considerarmos a gravidade dos fatos e a necessidade de garantia da ordem pública, especialmente, em relação aos crimes praticados no âmbito da violência doméstica”, escreveu.
A magistrada ressaltou ainda a sensação de impunidade que Carlinhos demonstrou possuir, pois, além de ter matado a ex-namorada Thays Machado e o companheiro dela, William Moreno, em plena luz do dia num bairro movimentado de Cuiabá, desperdiçou a chance da prisão domiciliar.
“(…) demonstrando o seu desprezo pelas ordens e decisões emanadas pelo judiciário, permanecendo claro que a oportunidade conferida ao autuado, não surtiu efeito, se fazendo necessária a reprimenda do
Estado, a fim de evitar cometimento de delito mais grave e maiores prejuízos”, anotou.
Nesse sentido, reforçou estarem presentes os requisitos legais para manutenção da prisão e determinou a intimação de Carlos Alberto Gomes Bezerra.
(Via: HNT)
