Juiz dá 24 horas para Lúdio apagar vídeo em que “ataca” Botelho

Magistrado diz que pré-candidato tem “potencial influência indevida sobre o eleitorado” | (Via: MidiaNews)

O pré-candidato Lúdio Cabral, que fez propaganda eleitoral negativa contra rival

A Justiça Eleitoral mandou o pré-candidato a prefeito de Cuiabá, deputado esLúdio Cabral (PT), retirar em 24h um vídeo da sua página no Instagram em que teria realizado propaganda eleitoral negativa contra o possível adversário no pleito, deputado Eduardo Botelho (União).

A decisão é do juiz eleitoral Alex Nunes de Figueiredo, da Primeira Zona Eleitoral de Cuiabá, e foi publicada no Diário Oficial de Justiça que circula nesta terça-feira (16). A decisão cabe recurso.

A ação foi aberta a pedido do União Brasil Cuiabá. Nela, a sigla apontou que Lúdio estaria fazendo pré-campanha negativa antecipada ao dizer, no vídeo divulgado no Instagram, que “Botelho está querendo ser prefeito, mas a população não vai deixar”.

O magistrado acatou o pedido para a retirada do vídeo das redes sociais e argumentou que a fala do pré-candidato tem “potencial influência indevida sobre o eleitorado”.

“A manutenção da propaganda antecipada pode prejudicar a igualdade de condições entre os candidatos e comprometer a lisura do processo eleitoral. Violando a paridade de armas que deve prevalecer no pleito eleitoral”, disse o magistrado 

O juiz eleitoral ainda destacou que as falas do petista no vídeo “utilizando aparentemente de dissimulação, insere supostas agressões em meio a um discurso supostamente lícito para gerar desinformação e ânimo artificial de que o pré-candidato Eduardo Botelho seria uma péssima escolha para dirigir Cuiabá”.

“Utilizando o antigo jargão popular de que votar em Eduardo Botelho seria o mesmo que colocar a raposa para cuidar do galinheiro, impingindo, ao que parece ser neste estágio, a pecha de desonesto e dilapidador do patrimônio público sobre o pré-candidato filiado ao partido representante”, disse o magistrado.

Lúdio tem dois dias para apresentar a defesa no processo. O vídeo, conforme apurou a reportagem, não está mais no ar.