Representação cita empresa LR Diesel como local onde dinheiro teria sido pego para gasto ilegal
Só Notícias | (via: MidiaNews)

A representação do promotor de Justiça Márcio Florestan Berestinas, sobre a possível utilização de Caixa 2 e gastos ilegais na campanha eleitoral de Sorriso, indica que a empresa L R Diesel Comércio de Peças Ltda., com sede em Várzea Grande, pode ter “doado” R$ 300 mil para a campanha de Alei Fernandes (União), que se elegeu prefeito.
Alei e seu vice, Acacio Ambrosini (União) foram alvo de operação da Polícia Federal, deflagrada na última quarta-feira.
“A dinâmica dos fatos leva a crer que os R$ 300 mil foram retirados na sede da empresa
Um apoiador de ambos, identificado como Nei Francio, foi flagrado com o dinheiro em uma Toyota Hilux, placa SPG-5C57, na BR-163, no dia 3 de outubro. Ele tentou fugir mas foi detido pelos policiais rodoviários.
O promotor do Ministério Público Eleitoral pediu para que o eleito não seja diplomado ou, caso seja, tenha o diploma cassado.
Segundo aponta o documento, diálogos extraídos do celular de Nei Francio, que foi detido com os R$ 300 mil pela Polícia Rodoviária Federal, o empresário Atílio Elias Rovaris, da LR Diesel, pediu que ele buscasse um envelope em Várzea Grande.
“A pessoa de Atílio Rovaris era um dos principais articuladores da campanha de Alei Fernandes. Atílio solicitou que o envelope deveria ser pego por Nei com a pessoa de Wendel, em Várzea Grande, e passou o contato de Wendel para Nei. Ao verificar o celular de Nei, a Polícia Federal conseguiu identificar que o citado ‘envelope’ foi retirado por Nei na sede da empresa L R Diesel Comércio de Peças Ltda”, diz a representação.

“A dinâmica dos fatos leva a crer que, na verdade, os 300 mil reais encontrados pela Polícia Rodoviária Federal no veículo de Nei foram retirados com a pessoa de Wendel, na sede da citada empresa, em Várzea Grande, durante o horário de funcionamento da mencionada empresa, com a finalidade de abastecer o caixa 2 da campanha do candidato Alei Fernandes”, diz a representação.
“É consabido que a legislação eleitoral proíbe a realização de doação de pessoa jurídica a candidatos (fonte vedada), sob pena de negativa ou cassação da diplomação”, completou o promotor de Justiça.
“Tranquilos”
Logo após serem alvos da PF, Alei e Ambrosini disseram estar “tranquilos sobre a lisura” de sua campanha eleitoral.
“Estamos totalmente à disposição para todos os órgãos que regulam o processo eleitoral e acreditamos até, que de uma vez por todas, com a operação de hoje (4), ficará límpido, transparente e clara, a nossa vitória no voto”, disseram.