Candidato à presidência da Câmara aciona Abilio no STF para provar suposta interferência do Comando Vermelho no Legislativo de Cuiabá

(Via; Leia.gora) | NH News

Foto: Paulo Henrique Fanaia / Leiagora

Em uma nova polêmica política em Cuiabá, o vereador e candidato à presidência da Câmara Municipal, Jeferson Siqueira (PSD), entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal e prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL). Jeferson exige que Abílio apresente provas das acusações de que ele e outros parlamentares teriam ligações com a facção criminosa Comando Vermelho.

Durante entrevista concedida ao Jornal da Cultura na manhã desta terça-feira (12), Jeferson reafirmou sua determinação em esclarecer o caso:

“Hoje ele [Abílio] já foi interpelado por mim no STF. Vou ler na Tribuna da Câmara para que Cuiabá saiba que qualquer cidadão de bem faria o mesmo. Tenho uma história e não vou aceitar que manchem minha imagem com insinuações sem provas. Ele vai ter que provar. Se não, a questão vai virar uma ação criminal. Não vou desistir”, declarou Jeferson.

O clima político na capital se intensificou desde a semana passada, quando Abílio Brunini acusou um grupo de parlamentares ligados ao senador Carlos Fávaro (PSD) e ao deputado estadual Eduardo Botelho (União) de estarem recebendo influência do Comando Vermelho para apoiar Jeferson na disputa pela presidência da Câmara. Segundo Abílio, bastidores indicariam que cada voto teria um suposto valor de R$ 200 mil.

Essas declarações provocaram um forte impacto na cena política cuiabana. Na última semana, o governador Mauro Mendes (União) ordenou ao secretário de Segurança Pública, César Roveri, que se reunisse com Abílio para apurar as denúncias.

Jeferson, por sua vez, negou todas as acusações e criticou o prefeito eleito por, segundo ele, fazer uma ligação irresponsável entre ele e o crime organizado:

“Ele precisa aprender a respeitar as pessoas. Quem defende o patriotismo não deveria fazer atitudes antidemocráticas com mentiras e acusações vazias. Eu nunca tive qualquer passagem pela polícia e agora ele quer me desqualificar para justificar que não me aceita como presidente. Isso é democracia?”, questionou Jeferson.

O confronto político em Cuiabá continua, e o desfecho desse embate será acompanhado de perto pela população cuiabana e pelos demais parlamentares locais.