(Via: NovidadesMT)
Documentos estão assinados por Botelho, filho, promotor de Justiça e juiz
Enquanto se esforça para aparecer ao lado do povo como político sério e comprometido com as causas sociais, o candidato a prefeito de Cuiabá Eduardo Botelho (União Brasil) mantém um lado obscuro e associado à corrupção que começa a vir a tona na campanha eleitoral.
Documentos obtidos pela reportagem comprovam que Botelho, o filho Eduardo Botelho e a construtora Nhanbiquaras, do núcleo familiar, já devolveu aos cofres públicos a quantia de R$ 1,150 milhão aos cofres públicos.
A estratégia, cumprida à risca por orientação de advogados, foi simples: confessar corrupção, devolver o dinheiro ao patrimônio público e seguir a vida pública adiante.
No caso de Eduardo Botelho, não ser condenado à perda dos direitos políticos. No caso da construtora Nhambiquara, não ser declarada inidônea, o que lhe afastaria de firmar contratos com o poder público.
Vamos aos fatos. No dia 23 de julho de 2023, conforme sentença assinada pelo juiz da Vara Especializada em Ações Coletivas, Bruno D” Oliveira Marques, Botelho faz um acordo com o Ministério Público de Mato Grosso para não virar réu numa ação por improbidade administrativa.
A condenação dada como certa após a fase de produção de provas já estava dada como certa diante das provas produzidas pela Polícia Civil e Ministério Público.
O que Botelho faz: admite corrupção e aceita pagar R$ 350 mil à vista. Outros R$ 350 mil será pago parcelado em 60 vezes.
Botelho ainda aceita pagar multa de R$ 50 mil por dano moral coletivo e R$ 50 mil de multa civil. Ou seja, total de R$ 800 mil.
Outro acordo na Justiça que veio à tona foi firmado pelo empresário Eduardo Rodrigo Botelho, filho do político, e pela construtora Nhanbiquaras.
Fraude em obra do Estado
No dia 9 de setembro de 2019, o Ministério Público Estadual (MPE) ingressou com ação civil pública denunciando que a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia contratou, mediante fraude em licitação, a construtora Nhambiquaras, administrada por Rômulo Botelho, para prestar serviços de correção na estrutura do prédio.
A maracutaia deu prejuízo de R$ 311 mil ao Estado.
Para evitar a condenação da empresa e seus representantes, a Construtora Nhambiquaras, naquele momento representada por Eduardo Rodrigo Botelho, filho do político Eduardo Botelho, aceitou devolver R$ 350 mil em 60 parcelas.
Veja dos documentos:
Acordo de não persecução cível Eduardo Botelho – Operação Bereré