Abilio aponta omissão e pacto do Estado com facções por assistir à seleção do crime sem tomar atitude

Abilio afirmou que o Estado assiste aos criminosos cooptar jovens e eleger representantes na política | (VIa: MidiaNews)

Abilio aponta omissão e pacto do Estado com facções por assistir à seleção do crime sem tomar atitude

O deputado federal e candidato à Prefeitura de Cuiabá, Abilio Brunini (PL) apontou omissão do Governo no combate às facções criminosas e expôs dúvida sobre um possível pacto entre os Estado e o crime organizado, durante entrevista ao jornalista Geraldo Araújo, no programa “VGN no Ar” desta segunda-feira (19.08).

“A segurança pública é um grande problema do Mauro. Às vezes, eu sinto que há um pacto entre o Estado, as facções, porque não é possível deixar as facções crescerem dessa forma e não fazer uma coisa para combater”, questionou o candidato.

Abilio afirmou que o Estado assiste aos criminosos cooptar jovens e eleger representantes na política. Segundo ele, O Estado tem todas as condições de saber onde estão os traficantes, mas não tomam atitude.

“Tá assistindo todas as facções dominarem nossos jovens nas periferias, com o esporte amador. Tá assistindo às facções dominarem e fazerem seleção. Tão selecionando jovens e adolescentes que antes estavam indo para a igreja. Tá assistindo eles participarem da política. Eles estavam trabalhando para eleger deputados estaduais e agora trabalham para eleger vereadores”, criticou o deputado.

Brunini apontou a diferença entre o número de faccionados e policiais no Estado. Segundo ele, é incompreensível um enfrentamento, que envolve seis mil militares contra 22 mil faccionados.

“Tem mais de 20 mil homens nas facções criminosas a serviço deles no Estado, a gente tem uma Polícia, que tem municípios com 12 policiais militares trabalhando 12 por 36, tendo três ou quatro em operação para uma cidade inteira. Não consigo compreender como a segurança pública vai enfrentar”, apontou o deputado.

Relação com Mendes

Abilio Brunini afirmou que se relaciona com Mauro Mendes de forma institucional, de respeito e compromisso. “Agora é bom ele saber que não sou puxa saco. O que tem que falar para ele, eu falo, aquilo que tem que cobrar do Estado, eu cobro, da mesma forma que ele cobra de mim.”